Ví esse vídeo e agora poderia estar pensando em como o Justin Bieber mudou e ficou charmosão ou em como posso confundí-lo com a Ellen.
Mas só fiquei intrigada em como centenas de meninas tiveram a chance de estar tão próximas de um ídolo enquanto ele se apresenta num programa de TV e, ainda assim, preferiram assistí-lo pela telinha do próprio celular.
Para recordação não seria, já que tudo foi gravado em altíssima qualidade e ficou disponível na internet logo em seguida.
Parece que estar lá não tem tanta relevância quanto mostrar que se está lá. E que o ídolo não é tão idolatrado assim quanto a si mesmo.
Estar lá não alimenta o amor pelo ídolo, mas o amor por si mesmo que poderá ser admirado por isso e quem sabe se tornar o ídolo de outro alguém.
Todos querem ser Justin Bieber. Parece que todos podem ser Justin Bieber.
Todos querem ser protagonistas da vida, isso é claro. Devemos mesmo ser protagonistas das nossas próprias vidas, mas e querer ser da vida dos outros?
Na verdade, no fundo, não há problema nenhum em querer isso. A única questão é, para quê? Para quem?
Eu já fui em diversos shows e gravei snapchats deles. O snap deixa ainda mais claro que os vídeos não são para lembrança alguma, já que em 12h o app apaga o arquivo. É para me exibir mesmo, ganhar status em cima da minha atividade. “Olha como sou cool por estar aqui”. E sei que vou continuar fazendo, apesar de não ter paciência e pular os vídeos desse tipo dos outros usuários.
Em minha defesa, ainda me resta algum tipo de consciência: os últimos shows que fui não eram dos meus ídolos, estava muito distante do palco e não havia nenhum tipo de recording.
Ainda que eu faça parte disso, fiquei bastante intrigada.
Então, vale a reflexão.
Não estamos exagerando um pouco na dose, digo, no ego?